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quinta-feira, 31 de março de 2011

Estudo de investigadores do ICBAS abre caminho a tratamento de doenças que levam à destruição óssea


Nesta investigação provou-se que “os níveis de adenosina controlam a remodelação do osso em mulheres na pós-menopausa”.
Os resultados “abrem caminho na procura de novos alvos moleculares destinados ao tratamento de doenças como a osteoporose e a artrite reumatóide, onde a destruição óssea ultrapassa a capacidade individual de formação de osso”.

“Os efeitos indesejáveis da cafeína na maturação das células ósseas provenientes de mulheres sujeitas à colocação de próteses da anca” foram comprovados, pela primeira vez, neste estudo do ICBAS, usando diversos análogos da cafeína.
Dados epidemiológicos demonstram, que o consumo de mais de quatro chávenas de café por dia leva à perda significativa de massa óssea em mulheres após a menopausa.

Está provado cientificamente que a cafeína é um potente antagonista dos receptores da adenosina”, sustentam.

Os investigadores explicam que coma idade, as alterações hormonais da menopausa condicionam a acção da adenosina sobre o osso e apontam o consumo exagerado de café como outro dos factores negativos.

Nesse sentido, “serão testados fármacos que actuem como seus precursores, substâncias que promovam a sua libertação pelas células e/ou compostos que impeçam a sua degradação”.

Por isso, depois deste estudo, que acaba de ser publicado no Journal of Cellular Physiology, o próximo passo dos investigadores do ICBAS será “tentar perceber de que forma podem ser aumentados os níveis de adenosina no osso”.
Ao ter demonstrado que a adenosina tem um papel crucial na proliferação das células responsáveis pela formação do tecido ósseo, a nova descoberta dos investigadores do Laboratório de Farmacologia e Neurobiologia do ICBAS, “vai permitir estudar compostos que substituam o papel activo da adenosina e levar à produção de fármacos capazes de agir eficazmente, antes da destruição óssea”.
Actualmente, segundo a equipa liderada Paulo Correia de Sá, “não existe nenhum medicamento aprovado para o tratamento das doenças ósseas capaz de aumentar os níveis de adenosina e/ou a sua ação farmacológica sobre as células progenitoras do osso”.

A adenosina é uma das substâncias produzidas pelas células ósseas e interfere na remodelação do osso.

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