"Este marcador pode permitir desenvolver tecnologias de diagnóstico mais eficazes para um subgrupo de cancros de estômago, que se mantêm indetectáveis com as actuais técnicas de visualização, porque as células cancerosas estão por baixo da parede gástrica. A equipa já está a criar partículas de um tamanho tão diminuto que atravessam a parede gástrica. A ideia é que essas nanopartículas (verdes fluorescentes na imagem) levem moléculas que se encaixem no marcador e, assim, denunciem as células cancerosas para o diagnóstico.
Essas mesmas partículas podem também transportar bombas terapêuticas que atinjam só as células cancerosas, sem os danos colaterais das terapias actuais. “Se conseguirmos guardar as drogas terapêuticas em minúsculas caixinhas e colocarmos nelas um destinatário, poderemos libertar no organismo essas drogas com a garantia que irão bater apenas nas portas correctas, ou seja, nas células que queremos atingir”, diz Pedro Granja. Para isso, é preciso conhecer muito bem quais são as marcas distintivas das células a atingir, para que não “incomodemos as vizinhas”."
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